sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Sem aula por tempo indeterminado

JORNAL A RAZÃO

Pedidos, ofícios e manifesto realizados pela comunidade escolar não foram suficientes para garantir que as aulas fossem mantidas no Colégio Estadual Coronel Pilar. Os cerca de 1,2 mil alunos da instituição foram dispensados na última quarta-feira por tempo indeterminado por causa dos alagamentos na escola.

Parte dos estudantes – em torno de 510 – já estavam tendo aulas em locais improvisados, em salas sem energia elétrica ou emprestadas pela Brigada Militar.
Ontem à tarde, Defesa Civil Municipal e Estadual estiveram na sede da escola, na Rua Pinto Bandeira, para avaliar a estrutura. Conforme o engenheiro do órgão municipal, Júlio Uminski, “apesar do comprometimento, não há risco estrutural ou para as pessoas.”

O órgão vai emitir um laudo sugerindo a interdição parcial do prédio, ou seja, das nove salas que apresentam infiltrações. “O local está insalubre. É um risco deixar crianças frequentarem um ambiente assim”, declara Cladmir Nascimento, coordenador da Defesa no município.

Na terça-feira, a Defesa havia entregue lonas à direção do colégio. Mas, a chuva impediu que os bombeiros as estendessem sobre o telhado. Além disso, segundo Nascimento, as lonas não resolveriam o problema.

De acordo com Uminski, a origem mais provável da infiltração seria um refluxo das calhas. A água da chuva entra pelas calhas. Antigas, ainda construídas de concreto e entupidas pelas folhas, elas não dão vazão ao líquido que retorna e acumula na laje, infiltrando para dentro das salas.

O laudo do engenheiro vai sugerir que elas sejam substituídas por calhas externas, mais fáceis de limpar. “Em caso de entupimento, a água escoa por fora da parede”, explica Nascimento.

Ainda na terça, representantes da 8ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) e engenheiros da 8ª Coordenadoria Regional de Obras (CRO) se reuniram com a direção do colégio. “Juntos, resolvemos suspender as aulas”, declara Verônica Carvalho, diretora do Pilar.

Problema antigo – De acordo com as funcionárias da instituição não é de hoje o problema de alagamentos no colégio. Uma delas trabalha há 32 anos no local e diz que “sempre foi assim”. A menos tempo no serviço, mas enfrentando os mesmas dificuldades, Mara Rúbia dos Santos, 48, confirma o problema. “Sempre que chove, tiramos água de pá de lixo e balde das salas”, conta a servidora.
A diretora protocolou um ofício na 8ª CRE, comunicando o deslocamento de alunos para sete salas emprestadas.

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