segunda-feira, 26 de julho de 2010

Bons motivos para ir a Vale Vêneto

JORNAL DIARIO DE SANTA MARIA

Público que foi à abertura do Festival de Inverno e da Semana Italiana apontam o que há de mais atraente nos eventos

A manhã úmida e abafada indicava que o domingo seria chuvoso – o que o céu nublado e as rajadas de vento confirmavam. Porém, o clima pouco convidativo não impediu que, às 10h de ontem, a Igreja de Corpus Christi, no distrito de Vale Vêneto, estivesse quase lotada. O público, que saiu de várias cidades da região rumo ao distrito de São João do Polêsine, queria acompanhar a abertura do 25º Festival Internacional de Inverno da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e da 25ª Semana Cultural Italiana de Vale Vêneto.

Entre as motivações que reuniram as cerca de 700 pessoas – público estimado pela organização – na Matriz de Vale Vêneto, estava a apresentação da Orquestra Sinfônica de Santa Maria e do Coro de Câmara do Curso de Música da UFSM, que entoariam canções celestiais durante a missa de abertura. Mas cada visitante – os organizadores esperam receber 15 mil pessoas até o fim dos eventos, dia 1º de agosto – tem um motivo diferente para visitar o local. O Diário conversou com 10 pessoas em Vale Vêneto ontem, lista bons motivos para ir aos eventos (veja quadro ao lado).

Foi a chance de fazer turismo que levou o manobrista Cleber Machado, 35 anos, a mulher, Lenise, 29, e os filhos Laura e Miguel – de 7 e 10 anos, respectivamente – ao distrito.

– A gente queria muito conhecer Vale Vêneto. Achamos melhor passar um domingo chuvoso aqui do que em casa – diz Machado.

A professora univeritária Leandra Mann, 37 anos, tem uma chácara na localidade. Decidiu comprar depois de se encantar com a beleza do local:

– Me apaixonei pela vegetação, pela paisagem. É muito bonito.

Formanda no curso de Música da UFSM, na habilitação canto lírico, Andiara Mumbach está em Vale Vêneto pela música. A soprano de 23 anos encantou a plateia, ontem, ao interpretar, como solista, um trecho do oratório O Messias, de Haendel, junto com a Orquestra Sinfônica.

– Estou aqui para ouvir, para cantar, para compartilhar momentos com as pessoas – disse, emocionada, a moça, que é deficiente visual.

Comida típica – Como boa parte dos visitantes, o que levou o farmacêutico Giovane Ullerich, 29 anos, até lá foram as delícias gastronômicas. E comida é artigo que não falta em Vale Vêneto neste período.

Segundo o coordenador da Semana Italiana, Luiz Pivetta, até o próximo domingo serão servidas 10 mil refeições para os cerca de 200 participantes das oficinas do Festival de Inverno, que reúne alunos do Brasil, dos Estados Unidos e da Argentina.

Para jantares e almoços que serão servidos ao longo da semana, foram compradas toneladas de alimentos. Só de agnolini são 600 quilos.

Pivetta espera que não haja sobras no final do evento, que em 2009 ocorreu mais tarde por causa da gripe A:

– Nossa expectativa é que, quem não pode vir em setembro passado, venha matar a saudade neste ano.

Já a esperança da coordenadora do Festival de Inverno, Ângela Maria Ferrari, é que o encantamento dos turistas se reverta em apoio financeiro da iniciativa privada e agências de fomento para o turismo:

– Agradecemos a todos os apoios que estamos recebendo, mas precisamos que mais pessoas sejam contagiadas pela nossa convicção.

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