sexta-feira, 30 de julho de 2010

Imprudência no trânsito

JORNAL DIARIO DE SANTA MARIA
Vivemos dias em que a pressa toma conta das pessoas, deixando de lado os cuidados com a própria vida, a segurança, as pessoas, o respeito, enfim, uma verdadeira corrida desenfreada em busca do tempo que não para de passar. Um dos melhores exemplos desse verdadeiro desequilíbrio é o trânsito. Seja nas cidades, seja nas rodovias, estamos vivendo um verdadeiro clima de hostilidade, em que as pessoas não têm limites, onde a individualidade e o egoísmo acabam por dominar suas mentes e fazem com que se arrisquem e coloquem a vida dos seus semelhantes em perigo.

Bebidas, ultrapassagens forçadas, velocidade e desrespeito generalizado às regras de trânsito formam uma combinação fatal que todos os dias tiram a vida de pessoas, destroem sonhos, famílias e causam um verdadeiro impacto social.

Não é o bastante para criar uma consciência de educação para o trânsito. Pensamos que acidentes não vão acontecer conosco, que são coisas distantes e esporádicas, quando na verdade estão bem ao nosso lado e somos responsáveis diretos pelo que acontece.

Aumento de fiscalização, leis mais rígidas, sanções efetivas podem ajudar a amenizar o problema, mas o caminho para a solução é cultural. Devemos investir em educação, conscientização e respeito com os semelhantes. Somos hipócritas ao querermos leis só para os outros, mas não para nós, quando a lei vem nos censurar, pensamos que não precisa ser assim, pode-se dar um jeitinho, mas, se for para os outros, queremos que ela seja o mais ferrenha possível, afinal de contas, os outros são os outros.

É hora de tomarmos consciência de que fazemos parte deste contexto e que somos responsáveis por tudo que nos circunda, e que cada um de nós tem uma parcela de culpa no que está acontecendo, pois, a qualquer momento, nós mesmos ou um ente querido podem ser a próxima vítima. Até quando vamos nos omitir e deixar que a situação que já é caótica piore ainda mais?

A parte que cabe a cada um de nós é bem pequena, porém o somatório desse esforço pode fazer uma grande diferença não só em nossas vidas, mas na vida das pessoas que nos são caras. E pensando em uma visão macro, nós podemos alterar todo um comportamento social que, por enquanto, é egoísta e despreocupado, situação que só muda quando acontece pertinho de nós e, muitas vezes, pode ser fatal.

Estudantes de Direito da Fapas

NEUSIMAR COLPO DE MORAES E ELISIO FACCO

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