terça-feira, 10 de agosto de 2010

Faltam professores para a UFSM

JORNAL DIÁRIO DE SANTA MARIA

Segundo semestre da Federal começou ontem, e alunos reclamam que terão de ficar sem algumas disciplinas

Ontem foi dia de aula para mais de 25 mil alunos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Mas nem só da felicidade de reencontrar colegas ou da realização de começar o Ensino Superior foi feito o início do segundo semestre da instituição. Para alguns estudantes, vai faltar professor.

A aluna do 7º semestre do curso de Direito Ana Anelli, 22 anos, não vai ter uma Disciplina Complementar de Graduação (DCG) neste ano por ausências no quadro docente.

– Essa cadeira é requisitada no curso de Direito, mas foi negada por problemas de professor – diz.

A chefe do departamento do Direito, Lilia da Cunha, sabe do problema:

– Precisamos de dois professores. A falta de professores está acontecendo em toda a universidade – explica.

O presidente da Comissão Permanente de Pessoal Docente (CPPD), William Schoenau, setor que, até o ano passado, era o responsável pelas contratações de professores – agora é a Pró-Reitoria de Recursos Humanos – atribui o problema à burocracia.

– Toda contratação é um processo demorado. Mas posso afirmar que o caso do Direito é um dos mais sérios. Não há cursos que tenham mais do que um professor faltando – ressalta.

Segundo a pró-reitora de Recursos Humanos, Vania Estivalete, do início do ano até agora, foram abertos quatro editais com 79 vagas para contratar professores, mas apenas 28 vagas foram homologadas (aprovadas).

– Temos contratações de professor equivalente (que substitui os que se aposentam, são exonerados ou morrem) e também os do quadro do Reuni, mas, depois de 3 de julho, não abrimos nenhum edital. Teremos mais concursos para contratar professores este ano, mas eles só serão chamados em 2011 – diz a pró-reitora.

O artigo 73 da Lei n° 9.504, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é a norma à qual a pró-reitora se refere. Ela impede de “nomear, contratar ou admitir um servidor público” a partir de três meses antes das eleições (que ocorrerão em 3 de outubro) até os eleitos serem empossados. Conforme Schoneau, até a eleição passada, a contratação de professores substitutos era permitida:

– Puxaram o nosso tapete. Essa regra não existia antes. Agora, caso alguém se aposente, por exemplo, cria-se uma lacuna. Vamos procurar outra brecha na lei junto ao MEC (Ministério da Educação) nessa semana.

Trote – A Objetiva Jr., empresa vinculada à universidade e formada por estudantes realizou ontem, na antiga reitoria, o primeiro dia da Gincana El Día!, que, desde 2007, faz um trote solidário. Qualquer calouro pode se inscrever para arrecadar alimentos, roupas, brinquedos, entre outros, para doar a instituições de caridade.

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