Transformado em museu desde 2007, Arquivo Histórico do Instituto Olavo Bilac mostra uma trajetória centenária rica e quase esquecida
Adelmo Simas Genro, Margarida Lopes, Cícero Barreto, Edna May Cardoso e João Belém são nomes de escolas da cidade batizadas em homenagem a personagens importantes da história de Santa Maria. Até então, nenhuma novidade. Mas, além de serem figuras de destaque, eles e outras nove personalidades que batizam instituições de ensino passaram pelos bancos do Instituto Estadual de Educação Olavo Bilac (IEEOB), que completa 109 em setembro.
A descoberta foi feita pela professora Jane Cecília Crivellar Becker, coordenadora do arquivo histórico da instituição, durante pesquisas para montar o acervo, transformado em museu desde 2007. E ela pode se considerar vitoriosa: conseguiu reunir e organizar materiais que refletem uma trajetória centenária rica e quase esquecida.
A ideia de criar um arquivo histórico começou em 1998, quando Jane batalhava por um espaço para agrupar objetos que ajudam a não deixar a memória da escola se apagar.
Hoje, uma sala do térreo do prédio principal, inaugurado em 1938, abriga um patrimônio considerável. São livros raros (alguns impressos fora do país quando não havia editoras no Brasil), máquinas de escrever, quadros (entre eles, um do próprio Olavo Bilac, pintado pelo artista Eduardo Trevisan), jogo de louça para café, brinquedos, eletrola, gravador de fita cassete, mimiógrafo, um acervo de aproximadamente 5 mil fotos, entre outros. Isso sem falar em um piano da marca Essenfelder, que está no escola desde 1938, usado para pequenos recitais. Mas as peças não são as únicas a registrar boas lembranças.
– Eu também sou patrimônio. Faz 29 anos que dou aula aqui e mais três como aluna. Sou apaixonada pela escola e tenho uma relação forte com ela. Para criar o arquivo, tivemos o apoio da direção, mas falta o reconhecimento do Estado – lamenta Jane.
Lembranças – Entre as atividades do trabalho de formiguinha que a professora fez, esteve contatar ex-alunos e funcionários para identificar e legendar imagens fotográficas. Ela também conseguiu apoio pela Lei de Incentivo à Cultura (LIC) de Santa Maria para criar painéis que compõem uma exposição itinerante sobre a história do Bilac. Uma das lembranças que ela guarda com carinho é a de uma visita do ex-diretor do Bilac, Adelmo Simas Genro. Ele teria retornado à escola e pedido um livro sobre a movimentação feita para que a escola se tornasse o primeiro Instituto de Educação do interior do Estado, em 1962, durante sua gestão como dirigente.
Das peças que faltam na coleção, uma é emblemática: uma sineta grande de bronze, que era usada para delimitar os períodos, e também era objeto presente nas manifestações dos docentes. Por isso, Jane, que cuida do arquivo só com a ajuda de estagiários, faz um pedido:
– Temos sinetas menores, mas as que o pessoal usava nas passeatas, sumiram. Eu sempre peço que, se alguém ficou com alguma, por favor doe para o arquivo. Ela é o símbolo do magistério.
Adelmo Simas Genro, Margarida Lopes, Cícero Barreto, Edna May Cardoso e João Belém são nomes de escolas da cidade batizadas em homenagem a personagens importantes da história de Santa Maria. Até então, nenhuma novidade. Mas, além de serem figuras de destaque, eles e outras nove personalidades que batizam instituições de ensino passaram pelos bancos do Instituto Estadual de Educação Olavo Bilac (IEEOB), que completa 109 em setembro.
A descoberta foi feita pela professora Jane Cecília Crivellar Becker, coordenadora do arquivo histórico da instituição, durante pesquisas para montar o acervo, transformado em museu desde 2007. E ela pode se considerar vitoriosa: conseguiu reunir e organizar materiais que refletem uma trajetória centenária rica e quase esquecida.
A ideia de criar um arquivo histórico começou em 1998, quando Jane batalhava por um espaço para agrupar objetos que ajudam a não deixar a memória da escola se apagar.
Hoje, uma sala do térreo do prédio principal, inaugurado em 1938, abriga um patrimônio considerável. São livros raros (alguns impressos fora do país quando não havia editoras no Brasil), máquinas de escrever, quadros (entre eles, um do próprio Olavo Bilac, pintado pelo artista Eduardo Trevisan), jogo de louça para café, brinquedos, eletrola, gravador de fita cassete, mimiógrafo, um acervo de aproximadamente 5 mil fotos, entre outros. Isso sem falar em um piano da marca Essenfelder, que está no escola desde 1938, usado para pequenos recitais. Mas as peças não são as únicas a registrar boas lembranças.
– Eu também sou patrimônio. Faz 29 anos que dou aula aqui e mais três como aluna. Sou apaixonada pela escola e tenho uma relação forte com ela. Para criar o arquivo, tivemos o apoio da direção, mas falta o reconhecimento do Estado – lamenta Jane.
Lembranças – Entre as atividades do trabalho de formiguinha que a professora fez, esteve contatar ex-alunos e funcionários para identificar e legendar imagens fotográficas. Ela também conseguiu apoio pela Lei de Incentivo à Cultura (LIC) de Santa Maria para criar painéis que compõem uma exposição itinerante sobre a história do Bilac. Uma das lembranças que ela guarda com carinho é a de uma visita do ex-diretor do Bilac, Adelmo Simas Genro. Ele teria retornado à escola e pedido um livro sobre a movimentação feita para que a escola se tornasse o primeiro Instituto de Educação do interior do Estado, em 1962, durante sua gestão como dirigente.
Das peças que faltam na coleção, uma é emblemática: uma sineta grande de bronze, que era usada para delimitar os períodos, e também era objeto presente nas manifestações dos docentes. Por isso, Jane, que cuida do arquivo só com a ajuda de estagiários, faz um pedido:
– Temos sinetas menores, mas as que o pessoal usava nas passeatas, sumiram. Eu sempre peço que, se alguém ficou com alguma, por favor doe para o arquivo. Ela é o símbolo do magistério.
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