JORNAL DIARIO DE SANTA MARIA
Estudantes da Escola Julio do Canto se alimentam em local interditado pela Defesa Civil por risco de desabamento
Enquanto as paredes rachadas sustentam um telhado cujas madeiras são devoradas por cupins, crianças se alimentam parecendo ignorar o risco que correm para matar a fome. O salão da Escola Municipal de Ensino Fundamental Julio do Canto, onde funcionavam a biblioteca e o refeitório da instituição, foi interditado pela Defesa Civil em dezembro do ano passado. Sem alternativas para abrigar a gurizada na hora do lanche, a direção argumenta que não consegue impedir a utilização do local pelos 380 estudantes e pede a ajuda da prefeitura.
A interdição do salão é uma consequência das chuvaradas do fim do ano passado e do início de 2010. Além de prejudicar o espaço, as enxurradas estragaram cerca de 70% do acervo da biblioteca (3 mil livros). A diretora, Ruth Cardoso, que está à frente da instituição há 13 anos, conta que já pediu ajuda à Defesa Civil e à prefeitura e diz sentir-se de mãos atadas.
– Se cair algo em cima deles, o que vou fazer? Eles já comem de pé, sentados, do jeito que der. Muitos alunos têm na nossa merenda a sua alimentação principal. Alguns comem nas salas de aula, outros no pátio, mas não consigo impedir que entrem no salão – diz a diretora.
A procuradora-geral do município, Anny Desconzi, que à época da interdição do salão era secretária de Educação, afirma que os problemas que ocorrem na Julio do Canto já se arrastam há alguns anos.
– É uma escola que foi crescendo sem planejamento e ficou sem espaço físico. Estamos em busca de uma área para construir uma nova escola. Até o final do mês, teremos esse local – garante a procuradora.
Urgência – O secretário de Educação, João Luiz Roth, o Titi Roth, conhece os problemas e garante que tem pressa para solucionar o problema:
– Sabemos da gravidade e da precariedade da situação e, por isso, estamos andando com velocidade para comprar esse terreno. A Julio do Canto será uma escola-modelo – promete.
Enquanto escola e prefeitura procuram uma solução para o problema da instituição, os alunos querem mais é se alimentar. Os lanches são preparados em um contêiner, por uma merendeira. Antes do vendaval da semana passada, as refeições eram feitas sob uma lona, que foi improvisada após a interdição do salão e acabou destruída pelas rajadas.
Para a aluna Stefanie de Lima, 11 anos, que, na sexta-feira, saboreou um prato de arroz com galinha e salada de maionese, o que importa é matar a fome.
– A comida aqui é muito boa. Chego em casa e vou comer só no café – diz a estudante do 6º ano.
Estudantes da Escola Julio do Canto se alimentam em local interditado pela Defesa Civil por risco de desabamento
Enquanto as paredes rachadas sustentam um telhado cujas madeiras são devoradas por cupins, crianças se alimentam parecendo ignorar o risco que correm para matar a fome. O salão da Escola Municipal de Ensino Fundamental Julio do Canto, onde funcionavam a biblioteca e o refeitório da instituição, foi interditado pela Defesa Civil em dezembro do ano passado. Sem alternativas para abrigar a gurizada na hora do lanche, a direção argumenta que não consegue impedir a utilização do local pelos 380 estudantes e pede a ajuda da prefeitura.
A interdição do salão é uma consequência das chuvaradas do fim do ano passado e do início de 2010. Além de prejudicar o espaço, as enxurradas estragaram cerca de 70% do acervo da biblioteca (3 mil livros). A diretora, Ruth Cardoso, que está à frente da instituição há 13 anos, conta que já pediu ajuda à Defesa Civil e à prefeitura e diz sentir-se de mãos atadas.
– Se cair algo em cima deles, o que vou fazer? Eles já comem de pé, sentados, do jeito que der. Muitos alunos têm na nossa merenda a sua alimentação principal. Alguns comem nas salas de aula, outros no pátio, mas não consigo impedir que entrem no salão – diz a diretora.
A procuradora-geral do município, Anny Desconzi, que à época da interdição do salão era secretária de Educação, afirma que os problemas que ocorrem na Julio do Canto já se arrastam há alguns anos.
– É uma escola que foi crescendo sem planejamento e ficou sem espaço físico. Estamos em busca de uma área para construir uma nova escola. Até o final do mês, teremos esse local – garante a procuradora.
Urgência – O secretário de Educação, João Luiz Roth, o Titi Roth, conhece os problemas e garante que tem pressa para solucionar o problema:
– Sabemos da gravidade e da precariedade da situação e, por isso, estamos andando com velocidade para comprar esse terreno. A Julio do Canto será uma escola-modelo – promete.
Enquanto escola e prefeitura procuram uma solução para o problema da instituição, os alunos querem mais é se alimentar. Os lanches são preparados em um contêiner, por uma merendeira. Antes do vendaval da semana passada, as refeições eram feitas sob uma lona, que foi improvisada após a interdição do salão e acabou destruída pelas rajadas.
Para a aluna Stefanie de Lima, 11 anos, que, na sexta-feira, saboreou um prato de arroz com galinha e salada de maionese, o que importa é matar a fome.
– A comida aqui é muito boa. Chego em casa e vou comer só no café – diz a estudante do 6º ano.
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